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A jornada dupla das mulheres, que
ainda são as grandes responsáveis por
administrar a casa, faz com que o desafo
de empreender seja ainda maior do
que é para eles. Para Silvia Valadares, da Microsoft, a mulher precisa contar com apoio da família e ter determinação para não sentir culpa por estar investindo tempo em sua ideia.
“Se não conseguir fazer com que o marido ou o namorado entenda que vai precisar virar a noite trabalhando, ela não vai levar o empreendimento adiante."
Tramites burocráticos
Tirar uma empresa do papel leva tempo. Você deve considerar todos os mecanismos legais para a criação de um empreendimento digital e se preparar fnanceiramente para os meses anteriores à inauguração do negócio.
Apesar de o site da loja Amo Muito ter fcado pronto em dois meses, Vanessa teve de esperar mais quatro para inaugurar. “Era para ter ido ao ar em dezembro de 2009 e, por causa de alvará, só aconteceu em março de 2010.
Toda minha reserva fnanceira, que já era pouca, acabou”, lembra. Maria Carolina, da Sortei.me, também enfrentou desafos semelhantes: “Demoramos meses para ter um contrato social e para entender como seria feita a contabilidade da empresa, porque não tem contador que entenda de internet no Brasil”.
Dedicação exclusiva
Muitas pessoas abrem empresas
enquanto ainda estão empregadas.
Apesar de ser possível, o desgaste é
muito grande e há risco de o novo
negócio demorar a engrenar. Vanessa saiu da empresa em que trabalhava para se dedicar exclusivamente a seu empreendimento. “As pessoas querem abrir um negócio, mas querem manter seu emprego estável, seu salário no fm do mês.
Se eu tivesse feito isso seria uma catástrofe”, afrma Vanessa.
Área de competência
Maria Carolina aprendeu que não
podia fazer tudo sozinha: “Se você
colocar a área administrativa nas
mãos de uma pessoa técnica, em algum
momento tudo vai dar errado”.
Na Socialle, ela tem a ajuda de uma especialista para cuidar dessas questões, enquanto se concentra em suas áreas de experiência: criação e tecnologia.
Seja paciente
É necessária muita coragem para
encarar um desafo na internet. É
um mercado relativamente novo, do
qual ainda não há dados sufcientes
para saber o que dá certo e o que
não dá.“Claro que há vários exemplos de sucesso, mas na internet tudo vira sucesso instantâneo ou fracasso retumbante em 24 horas. Então, passar dessas 24 horas é um desafo. Precisa de muita maturidade, muita paciência”, diz Maria Carolina.
Erre para aprender
Como tudo na vida, abrir um negócio
virtual é um grande aprendizado. Não
tenha medo de errar. As empresas por
onde Vanessa passou foram escolas em
que aprendeu os segredos de tocar um
negócio próprio:“Com 19 anos eu não tinha experiência. A maior parte do que sei aprendi em outros lugares, tentando. Todo mundo erra, eu continuo errando, é normal”.
Pequenos passos
Seja realista e invista em infraestrutura
de acordo com a necessidade da
empresa. Maria Carolina confessa
ter jogado dinheiro fora no primeiro
ano da Kingo Labs, que tinha
um escritório perto da Avenida Paulista, equipado com
computadores de última linha e muitos funcionários. “A gente começou grande para fazer coisas pequenas, em vez de começar pequeno para fazer coisas pequenas.” Em comparação, a Amo Muito começou dentro da casa de Vanessa, mudou para um escritório compartilhado com outras três empresas depois de dois meses, quando o estoque de mercadorias aumentou, e só se mudou para um escritório próprio no fm do primeiro ano.
fonte: http://vocesa.abril.com.br/mulheres/
